"Promovam o estabelecimento de parcerias, colaborem no sentido da partilha de conhecimento, de experiência e da formação, incentivem o intercâmbio de quadros técnicos", declarou hoje Miguel Frasquilho no Dia de Portugal na Feira Internacional de Maputo (Facim), defendendo que o trabalho em conjunto "é inegavelmente positivo para todos".

Para o presidente do AICEP, que iniciou na segunda-feira uma visita a Maputo no âmbito do maior evento empresarial moçambicano, a evolução das relações económicas entre os dois países "continua a ter enorme uma margem de progressão, mesmo levando em conta os enormes progressos que já foram alcançados nos últimos anos"-

Frasquilho salientou que o comércio de bens e serviços entre Moçambique e Portugal mais do que dobrou em quatro anos para cerca de 480 milhões de euros em 2014 e que o país africano passou do 28.º lugar para o 19º na lista de principais clientes de Portugal.

No primeiro semestre deste ano, disse ainda, subiu mais uma posição, com o aumento em 20% das exportações portuguesas para este mercado.

"Paralelamente, os investimentos de empresas portuguesas em Moçambique, no agroalimentar, na indústria têxtil, no turismo, no comércio, na construção, na energia e no setor financeiro, entre outros, intensificaram-se", observou o presidente da AICEP.

No sentido contrário, destacou que, "recentemente, os empresários Moçambicanos efetuaram os seus primeiros investimentos em Portugal", considerando se tem assistido "a uma transformação estrutural da economia portuguesa" e que conduziu à recuperação da sua credibilidade internacional.

A Facim arrancou na segunda-feira, nos arredores de Maputo, com a presença do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que, no mesmo dia, se avistou, no espaço da feira, com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

O Pavilhão de Portugal abriu com 42 inscrições, abaixo das 50 do ano passado, a que se somam outras dezenas noutros espaços da Facim para um total, segundo Frasquilho, de 102 representações portuguesas na exposição.

A 51.ª edição da Facim, que se prolonga até 06 de setembro, decorre no ano em que Moçambique celebra 40 anos de independência e no início do mandato presidencial de Filipe Nyusi, que aposta na diversificação do tecido económico moçambicano e na transformação dos produtos locais por via da industrialização.

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